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Brasil terá mais locais para acolher mulheres agredidas, diz ministra em pronunciamento

Cida Gonçalves falou ainda sobre a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo

Foto: Divulgação

Em pronunciamento em rede nacional nesta quinta-feira (7) pelo Dia Internacional da Mulher (8 de março), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou serão inauguradas este ano mais Casas da Mulher Brasileira, locais onde as vítimas de agressões recebem atendimento e acolhimento.


De 2015 até 2023, 10,6 mil brasileiras foram vítimas de feminicídio, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No ano passado, foram mortas 1,4 mil mulheres, de acordo com a pesquisa.


O feminicídio é uma qualificação do crime de homicídio doloso, quando há a intenção de matar. É o assassinato decorrente de violência contra a mulher, em razão da condição do sexo ou quando demonstrado desprezo pela condição de mulher.


— Amanhã, 8 de março, é dia de homenagear todas as mulheres do mundo. Mulheres que querem muito mais do que flores. Que exigem, acima de tudo, respeito — afirmou a ministra.

Diferença salarial


A ministra falou ainda sobre a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo:


— Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 22% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho. E que as mulheres negras recebam menos da metade do salário dos homens brancos.

Em julho do ano passado, o governo federal sancionou uma lei que garante igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelece medidas para tornar os salários mais justos, aumentando a fiscalização contra a discriminação e facilitando os processos legais para garantir igualdade salarial.


"Foi para mudar essa realidade que o governo federal aprovou a Lei da Igualdade Salarial. Trabalho igual, salário igual", ressaltou Cida Gonçalves no pronunciamento.

Com a nova lei, empresas com cem ou mais funcionários devem fornecer relatórios semestrais transparentes sobre salários e critérios de remuneração. Esses relatórios devem conter informações que permitam comparar salários e remunerações entre homens e mulheres de forma objetiva.


Cida Gonçalves citou outras ações realizadas pelo governo com foco na população feminina, entre elas distribuição gratuita de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social e destinação R$ 28 milhões para fortalecimento de mulheres negras empreendedoras, pesquisadoras e mães de vítimas da violência racial, além de R$ 6 milhões para oferta de bolsas de doutorado e pós-doutorado sanduíche no Exterior a negras, quilombolas, indígenas e ciganas.


Fonte: GZH

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