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ELEIÇÕES 2022: Veja os apoios que Lula e Bolsonaro receberam no segundo turno

Presidenciáveis buscam alianças estratégicas para poder vencer nas urnas em 30 de outubro

Fotos: Divulgação

Depois das eleições de domingo (2), quando ficou decidido que haveria um segundo turno para escolher o próximo presidente da República, os dois candidatos mais votados, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), começaram a buscar alianças para alavancarem suas candidaturas junto a novos eleitores para a disputa final do pleito.


Assim, ambos passaram a conversar com partidos que não avançaram na briga pelo Palácio do Planalto, com políticos eleitos nos Estados e, também, com personalidades importantes nacionalmente. Lula e Bolsonaro esperam, com uma rede de apoio mais ampla, conquistar os votos que ainda faltam.


Quem já declarou apoio a Lula:


Fernando Henrique Cardoso


O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso declarou, nesta quarta-feira (5), apoio a Lula no segundo turno das eleições. O anúncio foi feito por meio das redes sociais.


A publicação é acompanhada de duas fotos de FHC com o petista, uma antiga, de quando disputaram eleições um contra o outro, e uma atual, de um encontro no ano passado. "Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva", escreveu.


José Serra


Senador por São Paulo e candidato derrotado na disputa por uma vaga na Câmara nas eleições 2022, José Serra, do PSDB, oficializou apoio ao ex-presidente Lula no segundo turno. Os dois foram rivais no pleito de 2002, quando o petista conquistou o primeiro mandato como presidente.


Ao mesmo tempo, Serra declarou apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa ao governo de São Paulo. Tarcísio é o candidato de Bolsonaro no Estado e disputa o segundo turno contra Fernando Haddad (PT).


Tasso Jereissati


Outro tucano a declarar apoio a Lula é o ex-presidente do PSDB e senador pelo Ceará, Tasso Jereissati. Após ter ficado ao lado de Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, Tasso declarou que na segunda etapa do pleito está com o petista.


"Minha posição é Lula. Evidente que o partido tem que discutir alguns pontos com a equipe dele, mas o que está em jogo para nós é a democracia, e a democracia acima disso tudo. E esperando que Lula se comprometa com um governo de pacificação", disse.


PDT e Ciro Gomes


No começo da tarde desta terça-feira (4), o PDT anunciou que irá apoiar Lula no segundo turno das eleições presidenciais. O anúncio foi feito pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, após reunião da executiva da legenda.


"Tomamos uma decisão unânime de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula", disse, afirmando que Ciro Gomes, ex-candidato do partido, apoiaria "integralmente" a decisão.


De fato, Ciro, que ficou em quarto lugar no primeiro turno das eleições no domingo, anunciou logo em seguida que "acompanha a decisão do seu partido" de apoiar Lula no segundo turno da disputa presidencial.


Em um vídeo publicado em suas redes sociais, sem citar o nome de Lula ou de seu partido, o pedetista afirmou que a decisão foi crítica:


"Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado ao ponto que reste aos brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias", disse.


Armínio Fraga


O economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e nome importante na gestão do tucano, declarou seu voto em Lula no segundo turno.


"Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram", declarou ao Estadão.


Cidadania


O partido Cidadania anunciou, nesta terça-feira, apoio a Lula no segundo turno da disputa pela Presidência da República, após uma reunião da executiva da legenda.


"O partido decidiu pelo apoio ao candidato do PT no segundo turno. Uma decisão que foi quase por unanimidade. Tivemos três votos defendendo neutralidade. E unanimidade contra Bolsonaro. Ele, nesses quatro anos, demonstrou o seu total desrespeito às instituições democráticas. Por causa de todo esse risco, vamos votar no número 13", declarou Roberto Freire, presidente do partido.


Quem já declarou apoio a Bolsonaro:


Cláudio Castro


Reeleito governador no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) esteve em Brasília nesta terça-feira para reforçar apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições.

"Como sou do partido (PL) e apoiador do presidente, não tinha como não vir aqui e me esforçar muito para o Rio ser a capital da reeleição de Bolsonaro", afirmou Castro, em coletiva de imprensa.


O presidente Bolsonaro, que estava ao lado de Castro na coletiva, agradeceu o apoio e reafirmou os laços criados entre o governo federal, durante seu mandato, e o governo do Rio de Janeiro.


"Sempre tivemos um bom relacionamento com o Rio de Janeiro, desde quando Cláudio Castro assumiu. Passamos pela pandemia e criamos juntos o Auxílio Emergencial, que fez com que a economia não colapsasse. Quem ganha é o Rio e o brasileiro", pontuou Bolsonaro.


Ana Amélia Lemos


Ex-senadora que tentou retornar ao cargo neste ano, Ana Amélia Lemos (PSD) confirmou que votará novamente em Bolsonaro no dia 30 de outubro.

"Não vou sair por aí de bandeirinha, fazendo campanha, mas meu voto será dele, em respeito aos meus eleitores, que não querem o PT de volta ao poder" — disse Ana Amélia".


Vale lembrar que Ana Amélia, em 2018, na disputa pelo Planalto, foi companheira de chapa de Geraldo Alckmin (PSB), que hoje é vice de Lula.


Lucas Redecker


Presidente licenciado do PSDB no Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, usou as redes sociais nesta segunda-feira (3) para declarar apoio a Jair Bolsonaro.


"Para à presidência, a maior preocupação é o não retorno do método de governo que o PT apresentou enquanto esteve à frente presidência da república. Com isso, o melhor caminho para o Brasil é o presidente Bolsonaro", escreveu no Twitter.


À coluna de Rosane de Oliveira, Redecker, que foi reeleito como deputado federal, explicou que o apoio a Bolsonaro é um posicionamento pessoal, e não do partido.


Sergio Moro


Juiz da Lava Jato e, agora, senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil) declarou, nesta terça-feira, apoio a Jair Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça entre 2019 e 2020 e, ao deixar o cargo, acusou o presidente de interferir na Polícia Federal (PF). Em sua conta no Twitter, Moro escreveu:


"Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro". Bolsonaro, ao saber de apoio de Moro, afirmou que "está superado tudo" e que "daqui para a frente, é um novo relacionamento".


Romeu Zema


Governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também formalizou, nesta terça-feira (4), em coletiva de imprensa, apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições.


— Não poderia também deixar neste momento de estarmos aqui, colocando as nossas divergências de lado, eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que em muitas coisas convergirmos e em outras, não. Mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente, e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário (Lula) — afirmou Zema.


Ibaneis Rocha


O governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), oficializou apoio ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (5). Ao lado do chefe do Executivo, o emedebista disse que a candidata derrotada do partido à Presidência, Simone Tebet, tomará uma "decisão isolada" se apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Rodrigo Garcia


O governador de São Paulo, do PSDB, anunciou que irá apoiar Bolsonaro na campanha à reeleição e Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa para sucedê-lo no Palácio dos Bandeirantes. Ao lado de Bolsonaro e de Tarcísio, Garcia declarou "apoio incondicional".


Ratinho Junior


Aliado do presidente da República desde 2018, o governador reeleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD), oficializou nesta quarta-feira (5), seu apoio ao chefe do Executivo no segundo turno da eleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em âmbito nacional, o PSD, que é presidido por Gilberto Kassab, declarou neutralidade e liberou seus filiados para apoiarem qualquer candidato.


"Eu faço aqui, presidente, em meu nome e em nome da nossa população, que, em sua grande maioria, pela segunda vez - na eleição passada já tinha feito isso -, nesta eleição fez da mesma forma no primeiro turno, deu uma esmagadora votação para o senhor, e a ideia é que a gente possa consolidar isso, numa ampliação da votação no segundo turno, ajudando a dar a vitória ao presidente Bolsonaro", disse Ratinho Junior.


Fonte: GZH

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