MPF quer saber como o atirador de Novo Hamburgo obteve posse e registro de armas
Embora sem antecedentes criminais, Edson Crippa sofria de esquizofrenia
O Ministério Público Federal (MPF) determinou abertura de investigação sobre o caso do homem que efetuou mais de 300 tiros contra policiais em frente à sua casa em Novo Hamburgo (Vale do Sinos), após executar dois familiares, ferir outros dois e atingir gravemente três brigadianos, dois dos quais não resistiram. Dentre os questionamentos do órgão estão as circunstâncias em que o indivíduo – que também morreu – obteve registro e porte de suas armas.
A Polícia Federal (PF), por sua vez, instaurou expediente similar. No foco da medida está a verificação da regularidade de todo o processo, desde a aquisição dos artefatos – duas espingardas e duas pistolas, uma das quais com calibre 9 milímetros e por meio da qual foi efetuada a maioria dos disparos. Também havia farta munição e carregadores.
Em declarações à imprensa, autoridades de segurança pública do Rio Grande do Sul chamaram a atenção para fatos como a habilidade e precisão do atirador. Ele conseguiu, por exemplo, abater ao menos dois drones policiais que sobrevoavam sua residência durante o incidente, ocorrido entre a madrugada de terça (22) e a manhã de quarta-feira.
Problemas psiquiátricos
Edson Fernando Crippa, 45 anos, tinha histórico de esquizofrenia. Mesmo assim, estava registrado como colecionador, caçador desportivo e caçador (CAC). A Chefia de Polícia Civil do Rio Grande do Sul também revelou que o indivíduo também possuía uma licença do Exército e quatro armas regulares, todas em seu nome.
Apesar dos episódios de agressão aos pais e do transtorno psiquiátrico, o protagonista da tragédia não tinha antecedentes criminais. Ainda não se sabe ao certo as causas do múltiplo crime cometido em Novo Hamburgo – esclarecer esse aspecto é uma das tarefas sobre a qual a Polícia Civil gaúcha se debruçará a partir de agora.
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