Reajuste no salário de professores da rede estadual deve ser votado em abril na Assembleia
Piratini propõe aumento de 9,45%. Magistério reivindica 14,5% e abriu negociação com bancadas
O reajuste nos salários dos professores da rede estadual deve ser votado em abril na Assembleia Legislativa. O governo do Rio Grande do Sul propõe aumento de 9,45%. Em assembleia, o magistério rejeitou o índice. O Cpers Sindicato, que representa os professores, reivindica 14,5%.
Neste momento, o projeto encaminhado pelo Piratini está na fase de recebimento de emendas, propostas de alterações no texto original. O secretário da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, argumenta que a realidade financeira não permite avançar no aumento.
"O estado do Rio Grande do Sul teve uma perda de R$ 5,5 bilhões em seis meses, e a proposta apresentada pelo governo federal, que não é nenhuma benesse, é de ressarcir R$ 3 bilhões e parcelado em três anos", diz o secretário.
O Piratini estima que conta com apoio de 30 deputados para tentar aprovar o reajuste salarial dos professores do jeito que encaminhou para a Assembleia Legislativa. O governo também vai tentar convencer as bancadas que se declararam independentes, como Republicanos, PL e NOVO que, juntos, têm 11 parlamentares.
A presidente do Cpers, Helenir Schürer, se reuniu com a bancada do PDT, que é da base aliada do governo. Segundo ela, saiu com a promessa de que o partido, que tem quatro deputados, vai conversar com o Piratini para aumentar o índice de reajuste da categoria.
O entendimento dos deputados de oposição ao governo é que o Tesouro do Estado vai ganhar o reforço da compensação dos recursos que deixou de arrecadar em razão do corte da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gasolina, telecomunicações e energia elétrica.
"O governo do presidente Lula autorizou R$ 3 bilhões para o Rio Grande do Sul. Se havia alguma dificuldade de caixa, ela foi superada", avalia o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT).
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