Santiago já registrou 46 casos de covid-19 em 2024
Nesta segunda (11/03), a pandemia completou 4 anos; apesar da queda nas infecções após a vacinação, o vírus ainda faz 200 vítimas fatais semanalmente no país
Nesta segunda-feira (11/03), a pandemia de covid-19 completou 4 anos desde o surgimento dos primeiros casos em Wuhan, cidade chinesa. De lá pra cá milhares de vidas foram perdidas e incontáveis infecções foram registradas. Passados mais de 1460 dias, como está a situação em ambito municipal, estadual e nacional?
Segundo boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria da Saúde de Santiago, até dia 8 de março, data da última atualização, a Terra dos Poetas já registra um acumulado de 46 infecções em 2024.
Se compararmos com o mesmo período de 2023 (de janeiro a março), 569 pessoas já haviam sido infectadas, ou seja, hoje temos uma redução de mais de 92% de novos casos diários no município.
Ainda segundo consta nos boletins, o último óbito em consequência da doença registrado em Santiago foi em abril de 2023. Nesse quesito o município acumula até aqui 186 mortes por covid-19 desde março de 2020, mês em que foi registrado o primeiro caso por aqui.
MORTES POR COVID NO ESTADO E NO PAÍS EM 2024 SEGUNDO GZH
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que a covid-19 representava uma ameaça global, o Brasil acumula 710 mil mortes — das quais 42,7 mil ocorreram em solo gaúcho. No ano passado, a entidade retirou a classificação de "emergência de saúde pública" em razão do recuo de diversos indicadores de gravidade, mas isso não significa que a pandemia deixou de existir.
Embora o avanço da vacinação siga derrubando o número de óbitos em comparação a outros períodos da doença, a contínua perda de vidas serve como lembrete da importância de manter o esquema vacinal em dia e proteger principalmente idosos e pessoas com imunidade comprometida, que formam o grupo de maior risco.
Dados do Ministério da Saúde mostram que 1.789 pessoas morreram entre 31 de dezembro do ano passado e 2 de março — período que engloba as primeiras nove semanas epidemiológicas deste ano com informações disponíveis em nível nacional. Semanas epidemiológicas são uma divisão de tempo utilizada para monitoramento de doenças que sempre se iniciam em um domingo e terminam no sábado seguinte.
O patamar atual corresponde, em média, à notificação de cerca de 200 novas vítimas a cada sete dias em todo o país. No Rio Grande do Sul, no mesmo período, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) aponta 110 mortes, o equivalente a uma média de 12 por semana.
IDOSOS APRESENTAM MAIOR RISCO, MAS CRIANÇAS TAMBÉM SÃO VÍTIMAS
Um levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) demonstra que, das 54 mortes por coronavírus registradas em dezembro de 2023 no Rio Grande do Sul, 70% envolveram pessoas idosas. Mas isso não significa que outras faixas etárias estejam a salvo do vírus.
Dados do Boletim Observa-Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, revelam que três crianças ou adolescentes até 14 anos de idade morrem a cada quatro dias no país em decorrência de complicações do coronavírus. O levantamento leva em conta as primeiras nove semanas do ano.
As 48 vítimas verificadas neste ano ficam bem abaixo do patamar de 326 óbitos observado no mesmo período de 2022, quando os imunizantes ainda não estavam disponíveis para o público infanto-juvenil, mas indicam que é preciso seguir ampliando a cobertura vacinal nessa faixa etária — até então de apenas 11%. O perfil de idade mais afetado foi o de zero a dois anos, com 26 registros de óbito.
Desde janeiro, no Rio Grande do Sul, a SES adotou a estratégia preconizada pelo Ministério da Saúde que prioriza a imunização dos grupos mais vulneráveis. Devem receber uma dose da vacina bivalente a cada seis meses as pessoas de 60 anos ou mais, imunocomprometidas, gestantes e puérperas que receberam uma última dose da vacina monovalente ou bivalente há mais de seis meses, independentemente do número e tipo de dose já realizada. Já quem integra outros grupos prioritários deve tomar a vacina bivalente anualmente.
Para as crianças de seis meses a cinco anos incompletos, a orientação é aplicar a primeira dose da vacina aos seis meses de idade, a segunda dose aos sete meses, e uma terceira dose aos nove (quem não se vacinou ou está em atraso pode completar o esquema). De cinco a 11 anos, se fizer parte de algum grupo prioritário, deve se vacinar. No Estado, levando-se em conta toda a população, a cobertura vacinal com esquema completo (incluindo reforço) está em 56%. Quando se considera apenas o modelo primário (duas doses ou dose única), a cifra vai para 84%.
MORTES POR SEMANA EPIDEMIOLÓGICA EM 2024
Rio Grande do Sul
Semana 1 (31/12/2023 a 6/1/2024) - 13 óbitos
Semana 2 (7/1 a 13/1) - 11
Semana 3 (14/1 a 20/1) - 12
Semana 4 (21/1 a 27/1) - 17
Semana 5 (28/1 a 3/2) - 14
Semana 6 (4/2 a 10/2) - 11
Semana 7 (11/2 a 17/2) - 8
Semana 8 (18/2 a 24/2) - 13
Semana 9 (25/2 a 2/3) - 11
Total no período: 110
Total no mesmo intervalo de 2023: 377
Variação: -70,8%
Brasil
Semana 1 (31/12/2023 a 6/1/2024) - 101 óbitos
Semana 2 (7/1 a 13/1) - 260
Semana 3 (14/1 a 20/1) - 196
Semana 4 (21/1 a 27/1) - 212
Semana 5 (28/1 a 3/2) - 194
Semana 6 (4/2 a 10/2) - 164
Semana 7 (11/2 a 17/2) - 198
Semana 8 (18/2 a 24/2) - 211
Semana 9 (25/2 a 2/3) - 253
Total no período: 1.789
Total no mesmo intervalo de 2023: 5.457
Variação: -67,2%
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