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Suspeito de matar namorada e carbonizar corpo em lareira no RS confessa crime

Delegada que investiga o caso relata que homem foi ''frio nas declarações'' e ''não disse estar arrependido''

Foto: Pedro Trindade

O suspeito de matar a namorada e carbonizar o corpo dela em uma lareira confessou o crime em depoimento à polícia nesta quarta-feira (29), conforme a delegada responsável pelo caso.


Poucas horas depois de ser preso pela Brigada Miilitar (BM) em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, André Ávila, de 37 anos, foi ouvido no Palácio da Polícia.


''Ele foi bastante frio nas declarações. Ele disse que não sabe exatamente o que aconteceu, que foi um surto, que foi um momento de adrenalina, mas não disse especificamente estar arrependido'', afirma a delegada Cristiane Ramos.

Em contato anterior com a reportagem do g1, o advogado Jean Maicon Kruse, que representa André, sustentou que ''o defendido não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampado em alguns veículos de imprensa local''.


A defesa acrescentou ainda, na ocasião, que ''nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas e ou que a jovem tenha sido mantida em cárcere privado''.


Laila Vitória, de 20 anos, era do Pará. Conforme a delegada Cristiane, a vítima veio para o Rio Grande do Sul em meados de fevereiro e já estava com passagens compradas para retornar à terra natal. O embarque ocorreria na quinta-feira (30). Nos dias anteriores ao crime, André teria ficado com um comportamento agressivo.


'Testemunhas nos trouxeram prints de conversas em que ela afirma que estava com medo e que queria ir embora daqui. Ela estava contando os dias, falando com a mãe dela, com uma amiga, dizendo que tava indo embora e que tinha medo dele'', conta a autoridade policial.

Conforme os registros policiais, André Ávila tem antecedentes. Em 2007, ele foi condenado por triplo homicídio tentado.

Foto: Mateus Bruxel

Motivação religiosa é descartada


Nas redes sociais, André se apresenta como 'Victor Samedi''. Em um dos seus perfis na internet, o homem reúne 35 mil seguidores. Ele diz ser necromante e especialista em trabalhos de magia, como rituais de vingança e quebra de feitiços e demandas. De acordo com a Polícia Civil, o crime não teve motivações religiosas.


''A nossa investigação foca totalmente na linha de feminicídio. Inclusive, todas as provas que estão sendo trazidas ao nosso inquérito policial dão conta de uma violência contra a mulher'', sustenta a delegada.

Cristiane Ramos acrescenta que a vítima viajou ao RS apenas com intuito afetivo.Conforme as provas coletadas pela delegada, Laila “respeitava e preferia se manter distante” da religião seguida e praticada por André.


Fonte: G1 RS



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